quinta-feira, 22 de maio de 2008

Casamentos do Mundo – Japão

As cerimônias tradicionais são festas extremamente caras, onde os custos básicos da classe média variam entre US$ 50 mil a US$ 500 mil.

A lista de convidados é restrita, limitada a apenas os empregadores, a família e alguns poucos amigos – nesta ordem. É muito comum apenas um dos membros da família ser chamado.

As vestes também devem seguir toda a pompa: terno preto com camisa e gravata brancas, para eles, e as mulheres devem usar quimonos ou vestido de gala.

Uma curiosidade sobre o ritual: A noiva chega a trocar de vestido quatro vezes. A preparação da noiva exige a ajuda de pelo menos três assistentes. Pesado, por causa das roupas sobrepostas, o quimono fica completamente amarrado ao corpo e impede qualquer movimento mais ousado.

O objetivo da maquiagem é deixar a pele bem branca. O cabelo some e, no lugar, surge uma peruca, com muitos arranjos. O tsuno kakushi é uma espécie de capuz, que representa a obediência da mulher ao marido. O noivo veste um quimono preto, com o brasão da família. No lugar do sapato, um chinelo com meia branca.


A celebração em si é curta. Na abertura o auxiliar do sacerdote faz a purificação dos participantes com incenso. Sentado sobre as pernas e de frente para o altar, o sacerdote faz uma prece. Não é permitido fotografar ou filmar o altar e o sacerdote. Para celebrar o momento, os noivos devem tomar saquê, em pequenos goles, alternados em três cálices diferentes. A bebida é servida por duas jovens necessariamente virgens, que atuam como assistentes da cerimônia. Este é o momento que se considera o casamento consumado. Depois disso vem a leitura do seishi, o juramento de amor e fidelidade, escrito em japonês antigo. Para encerrar, os noivos fazem uma oferenda aos deuses.

As noivas japonesas usam inúmeros trajes durante a festa. A cada troca de roupa, muda também o penteado e a maquiagem com a mesma freqüência.Acredita-se que as trocas constantes servem para enfatizar a beleza da mulher. E quanto mais quimonos e vestidos diferentes, mais ricas são as famílias.
Os convidados, assim que entram no salão, precisam parar numa mesa logo na entrada para deixar seu presente. O costume é dar dinheiro, guardado num discreto envelope chamado de Noshibukuro. Há até uma espécie de tabela para ser seguida. Amigos devem dar 30 mil ienes; parentes, 50 mil ienes e padrinhos pelo menos 100 mil ienes.


No salão, cada um tem seu lugar predeterminado para sentar, escolhido pelos noivos. A grande diversão da celebração são os discursos. Uma lista interminável de pessoas pega o microfone e solta o verbo em homenagem aos recém-casados. Depois é a vez do par retribuir, lendo cartas para seus pais e fazendo um derradeiro agradecimento pela presença de todos.

A maior curiosidade, no entanto, fica por conta do bolo: como um de verdade não sai por menos de 50 mil ienes, os noivos preferem os feitos do mais puro plástico. Mesmo assim, se resolverem cortá-lo, precisam pagar 5 mil ienes. Mas não podem colocar a faca no lado que bem quiserem. Existe um lugar determinado para o encaixe da lâmina. Com isso, o mesmo bolo é usado para várias festas seguidamente.

No final, os noivos dão presentes de agradecimento. Para as mães, são entregues buquês de flores. Para os melhores amigos, lembranças especiais. Os demais convidados ganham louças e cerâmicas.

No horário combinado, normalmente depois de quatro horas, as pessoas se retiram. Afinal, as festas no Japão têm hora marcada para começar e terminar.

2 comentários:

Tiago Paixão disse...

Gostei da Parte da obidiencia da noiva.... Isso ae!!!

Luiz Angelo disse...

Quero saber como são os casamentos do Uruguai, ué ....

O Noivo.